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Mensagem  Samara Virginia Ter Nov 23, 2010 4:41 pm

Sou nova por aqui, eu não estava sabendo como postar minha dúvidas e receios, em minha caminhada existem muitos obstáculos e hoje a vida perdeu o sentido, não consigo me recuperar da dor de ficar sozinha. Sou filha unica de uma familia pequena, éramos mãe, avó e avô, fui criada por minha avó, uma figura esplêndida e minha força na terra. Minha familia era humilde, minha avó lavadeira, meu avô trabalhava na prefeitura de Belo Horizonte e minha mãe só veio morar comigo quando completei 10 anos, foi difícil porque fiquei separada de minha avó durante alguns meses, até ficar pronto um anexo no lote para abrigar minha mãe e traze-la de volta. Tive lutas, sofri muito, minha mãe morreu pelo alcoolismo, meu avô de derrame e fiquei com minha avó, nossa, nunca me sentia frágil, nem quando tive câncer de mama aos 35 anos, mas hoje, me perdi. Chegou em minha vida um tal Alzheimer e levou a sanidade de minha avó e sua vida também, 3 anos se passaram, mas parece que foi ontem. Não consegui ficar em Belo Horizonte, eu estava morrendo, tive um começo de crise de pânico, perdi a vontade de viver em comunidade, fiquei com medo das pessoas, do mundo, de mim, fui abandonada, humilhada e só queria sumir de lá. Consultei uma psicóloga que me encaminhou para um psiquiatra, segundo ela, são muitos traumas, seria necessário aviar medicação, pulei fora, se eu for ingerir todos os remédios que o médico iria aviar jamais andaria, ficaria em uma cama esperando a morte chegar, sou guerreira, não vou me entregar assim tão fácil, só quero acabar com esta maldita dor e esta falta de rumo, estou perdida, choro ate assistindo novela e o mundo se tornou insuportável com esta violência gratuita e esta ilusão de que tudo é lindo e a felicidade até existe. Me mudei para Porto Seguro, me apaixonei pelo lugar, estou tentando conseguir um serviço, já que trabalho é só em Brasilia e eu não tenho estômago para viver a vida política, a coisas estão difíceis, o perfil tem que passar pela bateria dos psicólogos, tempos modernos para um salário antigo. Optei por sair da faculdade no 4 período de Direito,na realidade eu não podia pagar uma pessoa para cuidar de minha avó, o tal Alzheimer destrói tudo, os remédios são caros e os tais cuida dores mais ainda, não me arrependo um minuto sequer, embora tenha sido um calvário, como é difícil ver a pessoa que se ama sumir em vida, o pior, ela se esqueceu de mim, conhecia até quem nada por ela fez, mas eu, fui entregue ao abandono, como a vida gosta de me abandonar! Estou tentando manter minha sanidade, deixei as religiões e carrego minha fé, acredito em algumas pessoas e preciso aprender a confiar em mim, aqui é que está o túnel de minha existência, como confiar em mim? quem sou eu? Sei apenas que não continuarei a faculdade de Direito porque descobri que para o pobre ele é esquerdo, preciso me encontrar, e para isso necessito ajuda. Obrigada por ler minhas palavras.
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Mensagem  Angélica22 Ter Jun 05, 2012 2:31 am

PARABÉNS POR CUIDAR DA SUA AVÓ, O QUE VOCÊ FAZ É LINDO E EU SEI COMO TE SUGA AS ENERGIAS.
PROCURE UM CURSO QUE REALMENTE VOCÊ GOSTE, SE DIREITO NÃO É DIREITO DEIXE DE LADO. MAS PENSE DE CABEÇA FRIA.
PROCURE ENTENDER QUE A DOENÇA FAZ PARTE DA VIDA, PARA MUITAS PESSOAS. ALGUMAS DOENÇAS SÃO CONSEQUENCIAS DE UMA VIDA DESCUIDADA E FALTA DE OPORTUNIDADES. CUIDE DA SUA VIDA TAMBÉM, NÃO TRANSFORME ISSO NUM MÁRTIRE. NÃO DESTRUA SUA VIDA. SE VOCÊ CONSEGUIR FICAR UM MINUTINHO DE CABEÇA FRIA, VAI CONSEGUIR PENSAR NUMA SOLUÇÃO PARA QUE ALGUEM TE AUXILIE EM CUIDAR DA SUA AVÓ,VAI DESCOBRIR ALGO. PORQUE VOCÊ PRECISA VIVER SUA VIDA TAMBÉM. BOA SORTE BEIJOS!

Samara Virginia escreveu:Sou nova por aqui, eu não estava sabendo como postar minha dúvidas e receios, em minha caminhada existem muitos obstáculos e hoje a vida perdeu o sentido, não consigo me recuperar da dor de ficar sozinha. Sou filha unica de uma familia pequena, éramos mãe, avó e avô, fui criada por minha avó, uma figura esplêndida e minha força na terra. Minha familia era humilde, minha avó lavadeira, meu avô trabalhava na prefeitura de Belo Horizonte e minha mãe só veio morar comigo quando completei 10 anos, foi difícil porque fiquei separada de minha avó durante alguns meses, até ficar pronto um anexo no lote para abrigar minha mãe e traze-la de volta. Tive lutas, sofri muito, minha mãe morreu pelo alcoolismo, meu avô de derrame e fiquei com minha avó, nossa, nunca me sentia frágil, nem quando tive câncer de mama aos 35 anos, mas hoje, me perdi. Chegou em minha vida um tal Alzheimer e levou a sanidade de minha avó e sua vida também, 3 anos se passaram, mas parece que foi ontem. Não consegui ficar em Belo Horizonte, eu estava morrendo, tive um começo de crise de pânico, perdi a vontade de viver em comunidade, fiquei com medo das pessoas, do mundo, de mim, fui abandonada, humilhada e só queria sumir de lá. Consultei uma psicóloga que me encaminhou para um psiquiatra, segundo ela, são muitos traumas, seria necessário aviar medicação, pulei fora, se eu for ingerir todos os remédios que o médico iria aviar jamais andaria, ficaria em uma cama esperando a morte chegar, sou guerreira, não vou me entregar assim tão fácil, só quero acabar com esta maldita dor e esta falta de rumo, estou perdida, choro ate assistindo novela e o mundo se tornou insuportável com esta violência gratuita e esta ilusão de que tudo é lindo e a felicidade até existe. Me mudei para Porto Seguro, me apaixonei pelo lugar, estou tentando conseguir um serviço, já que trabalho é só em Brasilia e eu não tenho estômago para viver a vida política, a coisas estão difíceis, o perfil tem que passar pela bateria dos psicólogos, tempos modernos para um salário antigo. Optei por sair da faculdade no 4 período de Direito,na realidade eu não podia pagar uma pessoa para cuidar de minha avó, o tal Alzheimer destrói tudo, os remédios são caros e os tais cuida dores mais ainda, não me arrependo um minuto sequer, embora tenha sido um calvário, como é difícil ver a pessoa que se ama sumir em vida, o pior, ela se esqueceu de mim, conhecia até quem nada por ela fez, mas eu, fui entregue ao abandono, como a vida gosta de me abandonar! Estou tentando manter minha sanidade, deixei as religiões e carrego minha fé, acredito em algumas pessoas e preciso aprender a confiar em mim, aqui é que está o túnel de minha existência, como confiar em mim? quem sou eu? Sei apenas que não continuarei a faculdade de Direito porque descobri que para o pobre ele é esquerdo, preciso me encontrar, e para isso necessito ajuda. Obrigada por ler minhas palavras.
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